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27/09/2011

Warhammer 40.000: Space Marine


Warhammer 40.000: Space Marine é uma parceria entre a desenvolvedora Relic Entertainmente a publicadora THQ. O game é mais um episódio da famosa franquia de Warhammer, que coloca fuzileiros espaciais frente a bestiais Orcs e demônios nojentos.
O enredo é mais ou menos padrão para toda a série. Em um futuro inimaginavelmente distante, a humanidade (ou o que restou dela) tenta proteger um gigantesco império decadente que possui instalações específicas que ocupam planetas inteiros. Um desses lugares é uma base cujo objetivo é concentrar a produção e a distribuição de armamentos.


É exatamente aqui, nesse contexto, que o jogador assume o controle do poderoso Space Marine chamado Capitão Titus, que lidera um grupo de soldados responsável por abrir caminho e deixar o terreno pronto para os reforços que chegarão em breve. As missões são basicamente de proteção, dentro de uma história que é conduzida linearmente.
O jogo é primordialmente um shooter em terceira pessoa que agrega elementos dos gêneros Hack´n´Slash e RPG, além de contar com alguns (poucos) puzzles. Inicialmente “a porrada come solta”, mas logo que o game avança e a dificuldade aumente, basicamente os tiroteios se tornam o meio de embate com melhor custo-benefício.

Aprovado

A jogabilidade boa
O primeiro ponto do game é a notável são as várias referências que a jogabilidade faz a vários outros títulos. Pode não ter sido intencional, mas os comandos de “Stunt” (tontear) e finalizar lembrar muito os de Batman: Arkham Asylum. A pancadaria, propriamente dita, é similar ao que existe em Dante's Inferno, uma vez que é preciso finalizar individualmente as dezenas de monstros para se conseguir obter recompensas. No caso, para recuperar energia vital é necessário exterminar um inimigo utilizando a sequência de “tontear e finalizar”.
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Gráficos x Velocidade de carregamento
O game possui um visual bastante chamativo. Não pelos belos gráficos, mas pela direção de arte bastante bem desenvolvida. Não há muita variação entre cenários, o que não prejudica a beleza dos ambientes. A melhor parte de todas é que o título praticamente não possui os famosos “loadings”. Basicamente desde que a rápida instalação é concluída, o jogador vai ter que esperar um pouquinho mais apenas quando morrer.
“Wraaaaaaaaaaaaaaaawr!”
Warhammer 40.000: Space Marine constrói uma verdadeira carnificina. A combinação de armas de corte com tiros é coroada com os movimentos especiais de finalização. Os orcs são resistentes e geralmente não perdem partes do corpo com tiros, mas liberam litros e mais litros de sangue, que ficam espirrados nas armaduras dos Marines.
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O principal atrativo da matança é a excelente experiência de áudio que o game oferece aos jogadores. Tanto nos diálogos entre os militares, quanto nos grunhidos das vis criaturas, o que torna possível identificá-las sem sequer precisar de contato visual (o que é muito útil contra os “cachorros explosivos”). A arma que mais chama atenção é uma serra elétrica que fica anexada ao braço de Capitão Titus e promove barulhos horripilantes enquanto perfuram as carcaças verdes ou os corpos velhos demoníacos.

Reprovado

A jogabilidade ruim
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Um ponto interessante em relação aos comandos para se controlar o Capitão Titus é quando se utiliza o acessório “Jet Pack”. Como o próprio nome indica, trata-se de uma mochila com jatos, que permite ao jogador pular longas distâncias, flutuar um pouco ou até adquirir mais altura para infligir um golpe no chão, atingindo uma grande área de alcance.
Porém, ao utilizar o recurso de voo, a jogabilidade se torna dificultosa. Os comandos não respondem direito e se perde a direção desejada com muita facilidade.  Os movimentos de finalização de inimigos são sequências imutáveis, que não podem ser interrompidas, porém, o Space Marine fica vulnerável a danos enquanto isso.
A falta de capacidade de defesa causa inúmeras mortes, fazendo com que recuperar energia possa causar a morte. Defesa, aliás, é um ponto sobre o qual o game não gosta de se pronunciar. Não há o famoso “Cover System”, que é quando o jogador se esgueira em um canto para se proteger, ao mesmo tempo em que pode atacar. O jogo quer que você fique em ação o tempo inteiro.
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Extensas cutscenes curtas
Os combatentes espaciais estão andando quando são alvejadas por orcs armados e, sem mais nem menos, entra uma animação. Ao terminar a cena de corte, nada de mais aconteceu e o jogador volta a matar os monstros verdes. As imagens são interessantes, o que atrapalha é a quantidade delas (muitas) e a serventia (praticamente nenhuma).
Relativização da criatividade
Em um futuro muito, mas muito distante, um império intergaláctico vive uma crise e é atacado por orcs (no espaço?) e demônios. Para defender a honra e hombridade dos humanos, uma poderosa linha de defesa é criada, formada por humanos trajando armaduras que fornecem tanto vasto poder quanto resistência sobre-humana. A criatividade para por aí.
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As missões são basicamente sempre as mesmas, sendo que os cenários variam (invariavelmente) entre subsolo e superfície. A vegetação é inexistente e todos os ambientes são cobertos por destroços de metais, restos de robôs e os próprios inimigos. Sem contar os bugs, com inimigos não raramente atravessando paredes...

Vale a pena?

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Warhammer 40.000: Space Marine é o melhor game da série para quem não a conhece anteriormente. É a melhor opção para adentrar no mundo dos Space Marines, orcs e demônios no futuro distante. Assim sendo, há duas conclusões bastante plausíveis de serem formuladas.
A primeira é bem óbvia: se você é um fã da série, certamente vai adorar o título. A segunda não é tão animadora assim. O jogo é o que podemos chamar de “descompromissado”, ou seja, não requer um engajamento por parte dos gamers na história. Isso pode ser encarado de maneira positiva, sendo que o usuário pode jogar e parar sem perder muito rendimento; ou de maneira negativa, uma vez que os objetivos parecem tênues e a experiência pode se tornar repetitiva.

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