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25/08/2011

Owlboy


Para relembrar a velha infância


Lembra-se de quando você tinha seu Super Nintendo e, apesar das limitações gráficas do console, os games eram incrivelmente divertidos e desafiadores? Se, há pouco mais de 10 anos, o visual era apenas um detalhe que complementava a experiência do jogo, por que a evolução tecnológica nos fez esquecer a real essência do título, independente de seu realismo?
Esse discurso inicial pode até parece piegas, mas ele é inevitável quando nos deparamos com Owlboy, um despretensioso game lançado pela D-Pad Studios que acaba de ter sua primeira demonstração para PCs liberada. O destaque da produção é exatamente seu visual retrô, que resgata as memórias de infância daqueles jogadores que passaram varias tardes tentando resolver desafios em 16 bits.
As aventuras do garoto coruja
Apelar para a nostalgia não significa que o jogo será bom — e a D-Pad sabe disso. Sendo assim, o estúdio não apenas usou os gráficos da época, como retomou a essência dos games que fizeram história, como as séries Mario Bros. e Sonic, que misturavam a simplicidade do estilo plataforma a uma série de puzzles e outros desafios que elevavam consideravelmente o grau de dificuldade. E as aventuras da pequena coruja reproduzem isso muito bem.
Em Owlboy, você assume o controle de Otus, um garoto-coruja que deve salvar seu vilarejo do ataque de piratas. Na demonstração, você deve ir ao Owl Temple na tentativa de encontrar uma forma de afugentar os criminosos de sua terra-natal.
O que mais chama a atenção no game é sua variedade. Como dito anteriormente, trata-se de um Side Scroller tradicional, mas sem a linearidade tradicional do gênero. Isso significa que avançar sempre em linha reta não é a melhor solução e que a exploração é o grande segredo para resolver os vários quebra-cabeças espalhados pelo templo.
Além disso, Otus possui algumas habilidades especiais que o ajudarão em sua missão. Graças à roupa que o transformou em um híbrido de humano e coruja, ele pode bater suas asas e voar livremente pelo cenário, sem qualquer tipo de limitação. No entanto, sua estrutura frágil o torna praticamente inútil para combater a maioria dos inimigos. Ainda que ele possa rodopiar, o movimento não causa dano e serve apenas para empurrar os adversários para longe.

É aí que entra Geddy, uma espécie de escoteiro que acompanha o protagonista em sua jornada. Conhecedor da geografia do local e das criaturas que vivem ali, ele sempre traz bons conselhos, além de usar sua pistola para acabar com os monstros que aparecem pelo caminho.
A demonstração é consideravelmente longa e se passa quase que completamente dentro do Owl Temple, com direito a lutas com três chefes. Assim como nos clássicos do SNES, o nível de dificuldade é elevado, principalmente por conta dos desafios em que você não tem a menor ideia do que é preciso fazer. Isso pode irritar aqueles jogadores que estão acostumados a tutoriais didáticos, mas certamente irá satisfazer quem sentia falta de puzzles realmente desafiadores.
Owlboy será lançado para PCs e Xbox 360, mas ainda não possui uma data definida.

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