Seu novo "brawler" sobre deuses vingativos
Asura’s Wrath é tão jogo quanto também é novela. O que a junção entre CyberConnect2 e Capcom conseguiu aqui foi uma espécie de novela interativa, a qual presenteia os momentos de um puro esmigalhar de botões com cenas melodramáticas, do tipo que coloca divindades etéreas em uma espécie de set de filmagens para uma novela mexicana. Pode dar certo? Naturalmente que sim.
Prova disso é a recente demonstração levada para a edição de 2011 da feira TGS (Tokyo Game Show), na qual o épico do deus vingativo é levado para além da estratosfera... Literalmente. O palco para o próximo desafio de Asura é a pedregosa e inóspita Lua. É lá que um antigo mentor espera para aliviá-lo de seus braços e pernas.
O novo algoz de Asura chama-se Angus. Conforme mencionado acima, o sujeito parece ter treinado Asura em tempos remotos. Embora a exata natureza do relacionamento dos dois personagens permanece sem maiores esclarecimentos, fica claro que a cena ocorrida aqui se passa pouco tempo depois da batalha que revelou Asura’s Wrath para o mundo.
De qualquer forma, não há muito espaço para sentimentalismo aqui. Angus deixa claro que sentiria muito prazer em cortar seu antigo pupilo ao meio, reforçando ainda que isso seria mais agradável do que todas as coisas doces experimentadas no Céu ou na Terra. De fato, esse parecia ser o plano desde o início.
Medidores e travamentos de mira... Mas sem esquiva
Em relação ao seu funcionamento, uma das primeiras coisas que saltam à vista em Asura’s Wrath é um sistema de energia bastante incomum. Conforme seria de se esperar, a sua energia diminuirá conforme Asura leva golpes da poderosa espada de Angus. Entretanto, o mesmo não vale para o seu adversário. Na verdade, os seus golpes farão preencher uma barra, o seu “medidor de fúria”.
Ademais, Asura possui à sua disposição disparos rápidos de energia... Algo que, entretanto, se prova rapidamente ineficiente. E o pior: um ataque malsucedido aqui é rapidamente recompensado por considerável retaliação, sobretudo porque não há uma esquiva rápida aqui. De fato, você terá que gastar um bom tempo lutando com a câmera do jogo para conseguir permanecer vivo (e com braços) por mais alguns momentos.
Ações de contexto: descubra o calcanhar de Aquiles
Embora inove em alguns pontos, Asura’s Wrath certamente denuncia as suas origens em vários momentos. Por exemplo, em vez apresentá-lo a um cenário de combate com considerável liberdade, o game vai arremessá-lo para uma profusão de ações de contexto — do tipo, “pressione o botão certo dentro do tempo limite”.
Isso se completa com outro fator típico de button-mashers. Basicamente, há aqui chefes tão poderosos quanto visualmente impactantes... Mas basta descobrir a brecha em uma sequência rígida de ataques para botar um fim rápido no encontro. No caso de Angus, o antigo mestre torna-se vulnerável após determinado ataque — e é realmente apenas nesse ponto que se pode conseguir alguma coisa.
Embora lance mão de mecânicas de mecânicas consideravelmente batidas — as ações de contexto, por exemplo — e apresente uma forma não muito original de contar histórias, Asura’s Wrath ainda parece digno de atenção. Sobretudo se você já tirou tudo o que podia de outras histórias sobre deuses vingativos.
Asura’s Wrath deve dar as caras em algum momento de 2012, com lançamentos previstos para PS3 e Xbox 360.
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