Em algum lugar do universo criado por Tolkien...
Em determinado momento da sua prosaica existência na vila de pescadores de Casadeis, um enorme dragão se apxorima, afirmando que você é o escolhido, e portanto será necessário extirpar o seu coração. Naturalmente, a morte pareceria inevitável. Entretanto, a sua vida é miraculosamente mantida. Resta apenas caçar a poderosa figura que roubou o seu órgão vital.
Sim, poderia ser um episódio perdido de O Senhor dos Anéis. Entretanto, trata-se aqui de Dragon’s Dogma, o novo RPG de ação da Capcom que pretende colocar uma leitura tipicamente japonesa em um estilo tradicionalmente ocidental. Tudo isso em um sistema baseado em mundo aberto — algo que embora não seja tremendamente original, sempre garante uma parcela considerável de diversão.
Construindo o seu herói
Epopeias à parte, a última edição da feira TGS (Tokyo Game Show) foi particularmente esclarecedora no que tange o sistema de personalização de Dragon’s Dogma — embora também tenha trazido alguns momentos de combate.
Se você já possui algum conhecimento em relação ao universo Tolkieniano — com guerreiros, magos e ladrões —, então a criação de personagens aqui vai lhe parecer bastante familiar. Todas as opções aqui são divididas em quatro categorias: gênero, nome, compleição e voz.
Cada uma dessas categorias inclui ainda dúzias de variações, incluindo o formato do rosto e características do corpo; basta utilizar um dos vários sliders para alterar olhos, peso ou o tamanho do busto. De fato, até mesmo a postura do seu personagem pode ficar em algum lugar entre “refinado” e “macho”.
Não muito diferente de outros RPGs de mundo aberto
Ao colocar a coisa toda para funcionar, é fácil perceber que o conceito de Dragon’s Dogma não fica muito distante de outros flertes entre RPGs de ação e universos abertos à exploração. Há aqui um minimapa, lojas de armamentos e ícones mostrando onde se podem conseguir missões — seja para encontrar livros de magia antigos ou para derrotar criaturas mitológicas.
Partindo para a pancadaria propriamente dita, a demonstração levada à TGS colocou uma maga em combate aparentemente desigual contra um ciclope. Sem muito segredo aqui: trata-se de utilizar corretamente magias de ataque e cura, e também de manejar a sua equipe de ajudantes através de comandos simples (atacar, reagrupar etc.).
Enfim não represente nada incrivelmente original, a fusão entre RPG, ação e um bom sistema de personalização torna Dragons’s Dogma uma proposta interessante. Sobretudo para quem não tem muita paciência com o andamento mais arrastado de RPGs clássicos.
Dragon’s Dogma deve alcançar as prateleiras no dia 27 de março de 2012, com lançamentos previstos para PlayStation 3 e Xbox 360.
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