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Para os Anonymous, Julian Assange é considerado um preso político e todos aqueles que se declararam inimigos do criador do WikiLeaks foram automaticamente atacados pelos ciberactivistas, tal como aconteceu com a PayPal e a MasterCard, que se recusaram a receber donativos para a WikiLeaks e que sofreram ataques dos Anonymous.
Guerra informática “Os que negam a liberdade aos outros não a merecem eles próprios.”
A frase do 16.o presidente norte-americano Abraham Lincon, é vista como exemplo para os Anonymous que lutam pela liberalização da informação.
A guerra informática deste grupo chegou também a todos os governos que participam no acordo comercial a que chamaram Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA). Um acordo que pretende dar uma resposta “ao aumento global do comércio de produtos falsificados e pirataria de trabalhos protegidos por direitos de autores”.
A abrangência da ACTA é vasta, incluindo temas como a contrafacção de bens físicos ou a contrafacção digitar, pela Internet. Entre as várias disposições, o acordo prevê a criação de um “regime reforçado de responsabilização legal para os intermediários técnicos como os fornecedores de acesso à Internet”.
tem medo? comprar cão já não ajuda Os Anonymous são autores de mais de 70 ciberataques a organismos oficiais no mundo inteiro. A ideia da compra de armas em nome da defesa nacional hoje em dia já não é suficiente. A declaração de guerra dos Anonymous mostra que as guerras, agora, podem não ter canhões nem mísseis, nem tanques ou navios. O ataque não é armado, é informático. O palco do combate não é físico, nem palpável. Esta é uma guerra virtual, com soldados (fardados ou não) em diferentes pontos do universo. Basta tomar como exemplo a Líbia, Egipto ou Tunísia, cujos sistemas informáticos governamentais foram severamente castigados pelos Anonymous durante as revoltas das populações. Armas? Já não servem. Cada vez mais os governos, as empresas e as organizações internacionais são vulneráveis a este tipo de ataques, a defesa informática pode ser agora a melhor forma de combater inimigos.
Sobra uma pergunta: os Anonymous são uma rede de criminosos que devem ser detidos a todo o custo, ou uma rede de pessoas que defendem o aumento da segurança na Internet, a liberdade de expressão e o fim da ditadura e da corrupção política? A guerra vai começar. 5 de Novembro.
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